Confira as leituras bíblicas, o Evangelho, o Salmo e o Santo do dia para abastecer sua alma com fé.
Deus não tenta a ninguém.
Leitura da Carta de São Tiago 1,12-18
Salmo responsorial Sl 93(94),12-13a.14-15.18-19 (R. 12a)
R. Bem-aventurado é aquele a quem ensinais vossa lei!
Aclamação ao Evangelho Jo 14,2
R. Aleluia, Aleluia, Aleluia.
V. Quem me ama, realmente, guardará minha palavra
e meu Pai o amará, e a ele nós viremos.
Tomai cuidado com o fermento dos fariseus e com o fermento de Herodes.
Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo Marcos 8,14-21
São Martiniano
Martiniano era um monge eremita, mas acabou se tornando um andarilho para que o pecado nunca o achasse “em endereço fixo”.
Martiniano era natural da Cesaréia, na Palestina, nasceu no século quatro. Desde a tenra idade decidiu ligar sua vida à Deus e aos dezoito anos ingressou numa comunidade de eremitas, não muito distante da sua cidade, onde se entregou à vida reclusa e viveu durante sete anos. A fama de sua sabedoria percorreu a Palestina e Martiniano passou a ser procurado por gente de todo o país que lhe pedia conselhos, orientação espiritual, a cura de doenças e até a expulsão de maus espíritos. Ganhou fama de santidade e essa fama atraiu Cloé, uma jovem cortesã.
Cloé era milionária, bela e conhecida como uma mulher de costumes arrojados e pouco recomendáveis. Fez uma espécie de aposta em seu círculo de amizades e afirmou que faria o casto monge se perder. Trocou suas roupas luxuosas por farrapos e procurou Martiniano, pedindo abrigo. Ele deixou que entrasse, acomodou-a e foi para os aposentos do fundo da casa, onde rezou entoando cânticos de louvor ao Senhor, antes de se recolher para dormir.
Mesmo assim, Cloé não desistiu. Pela manhã trocara os farrapos por uma roupa muito sensual, aguardando o ingresso do monge nos aposentos internos da casa. Ela, então, utilizou argumentos espertos tentando seduzir Martiniano, mas, ao invés disso, acabou sendo convertida por ele. Cloé a partir de então, se recolheu ao convento de Santa Paula, em Belém, passando ali o resto de seus dias. E se santificou na vida religiosa consagrada a Deus.
Por sua vez, Martiniano, que chegou a sentir-se tentado, mudou-se dali para uma ilha. Porém, certa vez, naquelas águas que rodeavam a ilha ocorreu um naufrágio de um navio e uma jovem passageira chamada Fotinia que se salvou lhe pediu abrigo. Ele consentiu que ela ficasse, mas para não sentir a tentação novamente abandonou o lugar a nado, apesar do continente ficar muito distante. A tradição diz que ele não nadou, mas que Deus mandou dois delfins para apanhá-lo e levá-lo à terra firme, são e salvo.
O fato é que, depois disso, tomou uma decisão radical, tornou-se andarilho para nunca mais ter de abrigar ninguém e ser tentado pelo pecado. Vivia da caridade alheia e morreu em Atenas, no ano 400, depois de parar a caminhada numa igreja da cidade. Sabia que o momento chegara, recebeu os sacramentos e partiu para a Casa do Pai serenamente e na santa paz.
Outros santos e beatos:
Santas Fosca e Maura martirizadas em 250.Fosca, adolescente de 15 anos, de Ravena, e Maura, sua ama-de-leite, fizeram parte do seleto escol das valentes mulheres que enfrentaram a sangrenta perseguição movida pelos imperadores Décio e Diocleciano.
Catecúmenas do monge Ermolau, das mãos deste receberam o batismo, apesar da ferrenha oposição do pai de Fosca, que não hesitou em denunciá-las ao prefeito Quinciano. Os homens enviados para levá-las à presença do juiz voltaram de mãos vazias: ao lado das duas mulheres — lê-se na Paixão —, viram um anjo com uma espada flamejante desembainhada!
Mais tarde, Fosca e Maura apresentaram-se espontaneamente ao magistrado, proclamaram sem vacilar sua fidelidade a Cristo e também previram o gênero de morte a que seriam condenadas: a decapitação.
Seus corpos — sempre de acordo com a tardia Paixão — foram lançados ao mar e milagrosamente aportaram nas longínquas costas da Tripolitânia, onde mãos piedosas os recolheram e sepultaram nos arredores de Sabrata.
Quando, no século VII, a região foi invadida pelos muçulmanos, os restos mortais foram de lá retirados e postos a salvo por um certo Vital, que os trasladou para a ilha veneziana de Torcello, onde se ergue uma igreja em honra das duas mártires.
Fonte: Arquidiocese de São Paulo
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